Contribuição de Érica Xavier depois de assistir o documentário "Vinícius".
Riso fácil, música boa, vida à flor da pele Parcerias, rimas, muito proseado e uma pinga Alguns encontros, desencontros e um bocado de experiências: um vida Inteligência, diplomacia, pé no chão e todo coração Intensidade e inovação: sentimento, cotidiano, inovação; o povo e o patrão Contempla o pobre, encanta o nobre, vive de paixão Mulheres, meninas, casadas... Mulheres Amores infinitos enquanto duraram, e a cada instante Cultura daqui, de lá, jazz, orixá Um belo legado E muito a se cantarolar: Vinícius.
|Na última quinta-feira (25/03), estreou no Rio a peça Vicente Celestino, a voz orgulho do Brasil. A montagem da Cia Limite 151 apresenta momentos da trajetória profissional de um dos mais importantes intérpretes da canção brasileira. Antônio Vicente Filipe Celestino, mais conhecido como Vicente Celestino, nasceu no Rio de Janeiro em 1894 e morreu em 1968. Era filho de italianos e estreou profissionalmente em 1914, cantando a valsa “Flor do Mal” no teatro São José. Gravou seu primeiro disco em 1916 na Odeon (Casa Edison), que teve milhares de cópias vendidas.
Direção: Jacqueline Laurence Elenco: Alexandre Schumacher, Stella Maria Rodrigues, Pedro Garcia Netto, Camila Caputti, Edmundo Lippi, Jaqueline Brandão, Bruno Ganem, André Rebustini, mais cinco músicos Texto: Wagner Campos Direção musical: Wagner Campos
SESC Ginástico Av. Graça Aranha, 187 - Centro - Rio de Janeiro De quinta a domingo, às 19 h Informações: 2279-4027 Temporada de 25 de março a 23 de maio Classificação: 10 anos
No site do Rio Show, é possível ler a crítica de Bárbara Heliodora e deixar sua opinião.
| De manhã, escureço | de dia, tardo | de tarde, anoiteço | de noite, ardo | a oeste, a morte, contra quem vivo | do sul cativo, o oeste é meu norte | outros que contem, passo por passo | eu morro ontem | nasço amanhã | ando onde há espaço | meu tempo é quando.
Hoje Renato Russo, se estivesse vivo, faria 50 anos. Falar dele e de sua banda Legião Urbana é falar nos anos 80, no Brasil. Suas letras e suas interpretações davam conta de muitas das mudanças pelas quais passávamos naquele período. Fim da censura, milhares de problemas econômicos, a vontade de berrar pelas ruas o que se pensava, colocar pra fora a palavra calada por tantos anos de ditadura, expor as mazelas nacionais, os sentimentos que nos povoavam... O BRock 80, com suas muitas bandas, algumas hj sumidas, outras que aindam permanecem, chegou com seus poucos acordes, com suas letras afiadas, sua guitarra e sua voz, berrando/cantando o que sentia, observava ao seu redor... raiva, amor, diversão, mazelas pessoais ou nacionais... sem papas na língua, esses jovens do Rio, São Paulo, Brasília, Porto Alegre, Recife, e de tantas outras cidades, tiraram suas bandas dos fundos das garagens e invadiram nossas praias, as ruas, a televisão, o rádio e o palco.
Projetos recentes ligados a Renato Russo e Legião (CD Duetos, filme e livro) noGlobo
Sobre "Duetos", lançamento que reúne parcerias virtuais, em que convidados (como Caetano, Marisa Monte, Zélia Duncan) adicionaram voz posteriormente a gravações já existentes de Renato, além de participações do vocalista em discos de outros artistas (como 14Bis, Erasmo e Paulo Ricardo). Ver lista completa no G1.
E ouçam noBlog do Maia, entrevista de Renato Russo feita em 1995.
Geração Coca-cola Quando nascemos fomos programados A receber o que vocês Nos empurraram com os enlatados Dos U.S.A., de nove as seis.
Desde pequenos nós comemos lixo Comercial e industrial Mas agora chegou nossa vez Vamos cuspir de volta o lixo em cima de vocês
Somos os filhos da revolução Somos burgueses sem religião Somos o futuro da nação Geração Coca-Cola
Depois de 20 anos na escola Não é difícil aprender Todas as manhas do seu jogo sujo Não é assim que tem que ser
Vamos fazer nosso dever de casa E aí então vocês vão ver Suas crianças derrubando reis Fazer comédia no cinema com as suas leis
Somos os filhos da revolução Somos burgueses sem religião Somos o futuro da nação Geração Coca-Cola Geração Coca-Cola Geração Coca-Cola Geração Coca-Cola
Saiu enfim o resultado da famigerada enquete! Inspirados nos hits postados abaixo (Paratodos, Pra Ninguém, Arrombou a Festa e Festa de Arromba) a classe, organizada em pequenos grupos, teve que selecionar os artistas a quem gostariam de se afiliar, como fizeram Chico, Caê, Rita e o Tremendão. Foi difícil, tivemos que entrar em acordo para entregar uma lista que representasse cada integrante do grupo, tivemos que descartar artistas queridos diante à rejeição dos outros membros e engolir alguns sapos para o bem geral da população! Corações foram partidos e egos feridos. Confiram o surpreendente resultado! Ao todo foram 8 grupos votantes e a média de artistas por patota contabilizou 22 nomes. Não houve uma escolha unânime sequer!
1º lugar Os grandes campeões, com 6 citações cada um, dividem o pódio em quatro. São eles:
A intenção da disciplina é dar uma visão geral da Música Popular no Brasil, desde o surgimento dessa denominação – anos 60 – até os dias atuais, analisando algumas das principais manifestações surgidas nesse período, os embates travados (internos e externos), o papel social exercido pela MPB e as transformações que foi sofrendo em decorrência dos diferentes contextos sociais em que esteve inserida, enfatizando o olhar da crítica especializada sobre essas temáticas.
Prof. Marildo José Nercolini e Prof. Sílvia Oliveira
1. A Construção da MPB.
1.1 Antecedentes: O samba, a Bossa Nova e o embate tradição e modernidade.
1.2 O processo de construção e recepção da MPB no Brasil dos Anos 60.
1.3 A “Era dos Festivais” e o papel da televisão.
1.4 O pensamento nacional-popular, engajamento político,
1.5 Jovem Guarda X MPB.
2. Os Novos Ventos Tropicalistas.
2.1 A contracultura.
2.2 A proposta da Tropicália: história e análise.
3. A Música nos anos 70.
3.1 Expansão da indústria fonográfica
3.2 A música brega
3.3 Novos ventos nordestinos.
4. Anos 80 e o BROCK.
4.1 A proposta da geração 80
4.2 Apresentação e análise das principais bandas.
5. Anos 90 e Hoje: Hibridismo e Tradução Cultural.
5.1 A proposta do Manguebeat e de seus contemporâneos: rompendo as fronteiras fixas.
5.2 A condenação silenciosa: axé, pagode e sertanejo
5.3 A periferia invade a cena: o hip hop e o funk.
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